De acordo com educadora física Camila Teodoro, movimentos ajudam a melhorar a mobilidade articular e desenvolvem confiança
Luciane Maria da Silva (53) ministra aulas de dança do ventre e dança cigana na Escola de Dança Aline Mombelli, no Centro de Florianópolis. A faixa etária de suas alunas é de 35 a 75 anos e segundo a professora,“o foco maior para essas modalidades são mulheres mais maduras”. De acordo com a educadora física Camila Teodoro (41), para mulheres mais velhas a prática da dança contribui no fortalecimento dos ossos de maneira leve e divertida. “Acho muito importante o hábito de manter seu corpo em movimento, e a dança pode trazer benefícios para além do físico, trabalhando a autoestima também”, diz.
Luciane passou a ministrar aulas em 2013 e algumas de suas alunas começaram a praticar a dança apenas com idade mais avançada. “Tenho 71 anos e comecei a dançar com 58. A importância disso é a gente se sentir valorizada, feminina e usar a dança como exercício e coordenação”, diz a aluna Irene Villaschi. Para a professora, ambas as modalidades ministradas despertam feminilidade e resgatam as mulheres de seus afazeres. “A dança traz no período da menopausa essa autodescoberta que se pode realizar sonhos. Muitas sempre tiveram vontade de dançar, e só agora estão com tempo”, diz.
“Para mim, é superação de timidez e realização de um sonho de criança de poder dançar”, diz Márcia Regina Silveira (65). Na última sexta-feira, 16, alunas de ambas as turmas se apresentaram no espetáculo “Alunos em Cena”, no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, e Luciane destaca a importância dessas apresentações. “Me orgulho vendo elas dançarem porque sei dos desafios que passam para chegar onde estão hoje, sejam físicos ou emocionais”, diz a professora.
“É muito importante para mim, como mulher madura, transmitir para outras mulheres que somos capazes de tudo o que queremos, fazer o que nos torna felizes, resgatar o nosso ‘eu’”, relata Lucienne Oliveira (57). Para a professora Luciane, as aulas e apresentações trazem um sentimento de realização. “A troca de experiências é fantástica. Criamos um elo forte de amizade e companheirismo. Ver a evolução e aprendizagem de cada uma é gratificante demais”, diz.
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